segunda-feira, maio 25

Te Uso ~

Meu universo é confuso
uso e desuso faço e abuso mas, no fim; ainda sou apenas eu. Não que você entenda.. Não que isso faça diferença... Não que eu me importe. Me recuso; reinvento, meu proprio invento; meu mundo, recluso. Apenas para meu próprio uso.

sábado, maio 23

Sob A Luz da Lua ~

Capitulo quatro da Série "A Águia e a Rosa". para acompanhar a história completa da Grande Planicie e seus personagens, leia o blog do Áquila~ Qualquer semelhança NÃO é mera coincidência [2]

“Mas não é bem assim...” Riu-se a Pantera, desviando do olhar profundo da Águia. -Eu até que gosto dele...

- Você está brincando, não é? – Retrucou Áquila, ferozmente, não acreditando nas palavras da amiga.

- Ele me diverte. Adoro jogos desse tipo, você sabe bem... E é tão fácil com ele...que chega a ser idiota! Mas, ainda assim aquele Urubu me diverte.

E riu novamente. A risada da Pantera ainda desconcerta a esperta Águia. Fazia pouco tempo que a Pantera havia retornado à Grande Planície e eles haviam reacendido a amizade que já os havia unido no passado. O motivo de a Pantera ter retornado ainda era um mistério para Áquila, mas ainda sim ele gostava da compania dela.

- Você vai saber querido, quando tudo que eu planejo estiver concretizado. Ainda não é hora de encerrar isso. Há muito mais a ser feito... – Disse-lhe a Pantera, como se pudesse ler sua mente, despertando-lhe do breve devaneio em que se encontrava.

- Juro, tenho medo de você às vezes...

- Não precisa, querido. Apenas não me dê motivos para ser má. – Sorri novamente a Negra Pantera, já pensando em seus planos em andamento e os resultados já alcançados.

A Lua Cheia já subia enquanto eles conversavam. A luz prateada fazia as penas azuis de a doce águia ganharem um tom cálido e frio, e tornava o pelo da pantera ainda mais negro. O olhar maquiavélico banhado em prata e o sorriso cruel, de canto, completavam o quadro de seu rosto, dando-lhe um ar sombrio.

Áquila a observava. E estremecia. Muita coisa não se encaixava sobre ela... Mas esse não era o momento de desvendar os mistérios da Pantera, havia uma guerra muito maior sendo travada, e essa Guerra a esperta ave conhecia bem.

- Você me disse – soou a voz da Pantera, quebrando o silêncio frio e a linha de pensamentos da águia, como se ainda pudesse lê-los – Que o Lobinho está irritado, não é?

- Sim. E pare de chamá-lo assim! Você vai acabar arrumando uma briga!

- Não se preocupe comigo que com o Lobinho eu sei lidar. Mas me explique isso direito, ele vai mesmo perder tempo enfrentado aquele Urubu?

- Você realmente me confunde! Há um minuto ele era um cara legal que te divertia e agora é ‘aquele urubu’? Acho que vai, sei lá. O Ookami consegue ser tão sombrio quanto você, nunca sei qual será o próximo passo dele.

- Será burrice se eles se enfrentarem agora. Ainda é cedo. E acho que ele sabe disso... – um sorriso unilateral foi brotando da face da pantera enquanto as palavras eram desenhadas por sua boca. Algo muito misterioso e cruel era materializado ali e isto fez a águia estremecer. – Pobres animais... – disse a Pantera, por entre o sorriso, após um interminável segundo de silêncio.

- Um diz você vai me dizer por que deixou seu bando e voltou para a Grande Planície? – Diz a águia, tentando mudar o rumo do assunto.

- Os deixei por que eram lentos e burros. Não conseguiam acompanhar o raciocino e isso me fazia perder toda a diversão. Tenho que ir. Algumas coisas ainda precisam ser ajeitadas por aqui...

E a Pantera põe-se a caminhar em direção à clareira sob o olhar astuto e confuso da águia enquanto reflete em seu próprio o brilho intenso do luar e da maldade felina. “Pobres Animais” pensa consigo mesma, e inconscientemente faz brotar em sua face aquele mesmo sorriso sombrio, frio, cruel, que nem ela mesma sabia possuir.

Ao longe se podia ouvir o Uivo agudo e intenso de um lobo raivoso ecoando pela clareira. Enquanto a Lua Cheia ascendia tomando conta do negro manto celeste, as palavras ecoavam pela mente confusa e astuta da Pantera, escapando lentamente por entre os dentes afiados que compunham seu sorriso; quase podia se sentir o gosto intenso e amargo delas, quando foram pronunciadas lentamente e em voz baixa pela Pantera que seguia em paz seu longo caminho.

“Pobres animais...”

Capitulo quatro da Série "A Águia e a Rosa". para acompanhar a história completa da Grande Planicie e seus personagens, leia o blog do Áquila~ Qualquer semelhança NÃO é mera coincidência [2]

segunda-feira, maio 18

Vamos à Marte?

Vamos a qualquer lugar, qualquer um que não seja aqui.

Vamos pra onde você quiser ir.

Pra onde você for, eu vou contigo.

Sem você eu não consigo.

Não se despeça agora, ainda não é hora,

Você ainda me deve aquela viajem.

Não vou te deixar ir assim,

Sem rumo, sem volta, sem mim.

Não quero ficar apenas com as lembranças, com as imagens do que poderia ter sido, com os fantasmas do que não foi dito.

Não aceito, não quero, não suporto.

Não dá!

Enquanto a lágrima rola e a saída não vem,

Enquanto o mundo não para e eu não posso te fazer bem

Enquanto você estiver longe, e ainda pensar no que ficou;

Lembre-se:

Eu te espero.

E você vai voltar, pra tudo, pra mim.

E quando outras lágrimas rolarem, por outros milhares de insignificantes motivos,

Vai ser a sua imagem que vai me segurar de pé, em frente.

É por você.

Por que ainda nos falta muito.

Por que eu, como a fraca e tola que sou, não aceito perder.

Por que trinta segundos não bastam.

Por que vai ser melhor.

Por que o ficou calado, não será esquecido nem apagado.

Por que o que eu preciso, só você tem.

Por que eu acredito.

Acredito em você, acredito no futuro.

Acredito nos conselhos que nem sempre sigo, e nas brincadeiras que nunca esqueço.

Acredito nas palavras, mesmo que sejam apenas palavras e não existam provas delas.

Desculpe-me. Por não poder te fazer ficar como prometi que faria.

Por não ter aquilo que você procura.

Por não ir com você.

Desculpe-me.

Você sabe que eu faria qualquer coisa.

Você sabe que eu te amo.

Você é parte do que eu sou.

Sei que você tem que ir, mas me prometa que volta logo.

Estarei esperando

E ai sim, iremos juntos à Marte.