sexta-feira, novembro 6

"E no final, o amor que você recebe é igual ao amor que você faz..."


Houve um tempo em que você era só o amigo de outro alguém. “um cara legal” me diziam. “Um cara mal” me alertavam. Mas no fundo, eu só queria saber por mim mesma. Hoje a definição que eu uso pra você não corresponde a nenhuma dessas, mas não te explica pra ninguém, apenas pra mim. “Minha intocável cripitonita”. Não sei por que não consigo parar de sentir sua falta. Te vejo quase todo dia, e isso não é nada. Preciso voltar a te acordar as 2 da tarde pra ficar ali sentada ouvindo - ou não - coisas à toa vindas de você. Sinto falta disso. As palavras, as músicas, as tardes, os jogos que você narrava, tudo sempre foi mais do que essencial pra mim. Assim como você. Acho que nunca te expliquei isso de fato, mas você sabe melhor do que ninguém que eu nunca explico. Mas acho que você merece isso. Falei de você hoje, de um jeito que não tinha falado antes. Contei que suas palavras me colocaram de pé muitas vezes. Que secaram as lágrimas que nem chegavam a cair, mas estavam lá. De todas as vezes que seu abraço milagroso fez a dor ir embora. De todas as vezes em que eu estava sozinha, no escuro, e chamei por você, e o escuro ficou um pouco mais claro. Falei pouco até. Já tivemos conversas sobre tantas coisas, já passei noites com medo de te ver indo embora, já vi seu desespero por fazer algo pra me impedir de chorar por você, já briguei com você por nada, já não acreditei nas suas palavras, descobri que estava errada e não te deixei saber [mesmo acreditando que você sempre soube]. Já achei que nunca mais ia te ver, já achei que não saberia passar um dia sem você. Já chorei lendo seus textos, já passei horas pensando se o que você escreve era pra mim. Já quis do fundo do coração que fosse já desejei que não fosse nem uma linha. Já te liguei só pra ouvir sua voz, já tive noites em que dormi bem porque o seu ‘boa noite’ foi a ultima coisa que ouvi. Já me senti importante só por você ter me ligado. Já achei que eu não significava nada pra você. Já gastei meu dinheiro com cigarros só pra te ver ‘bem’. Já desisti de te perguntar se você ta bem. Já me arrependi muito de não ter dito tudo pra você. Já aprendi tanto com tão poucas palavras suas. Já cheguei em casa cheirando ao seu cigarro. Já quis que você acendesse um cigarro só pra sentir o cheiro, só porque era o teu cigarro, e o teu cigarro é bom. Já quis ter uma placa de vídeo pra poder jogar com você. Já aprendi a não me calar, graças a você. Já tive a ligação telefônica da meia noite mais especial da minha vida, por que você pediu pra eu ligar, pra me ouvir. Já achei que ninguém no mundo seria capaz de entender o que sinto por você, e ainda acho, só que agora não ligo pra eles, basta que você entenda. Já escrevi perfis só pra você e nunca te contei. Já tive vontade de te levar pra viajar comigo. Já fiquei realmente surpresa com atitudes ‘banais’ suas. Já quis largar tudo só pra te ver, por trinta segundos que fossem. Já tive certeza de que tudo ia ficar bem se eu simplesmente abraçasse você. Já abracei e funcionou. Já tive medo de te ferir. Já tive vontade de te ferir. Já te odiei por segundos. Já passei tempos achando que nunca seria capaz de definir o que você é pra mim, mas aprendi recentemente que o que não tem nome não é real, e o que não é real não é importante por que não existe, então acho que você tem o direito de saber o que é pra mim.
É o porto seguro que eu gosto de ter.
É o meu vício masoquista, por saber que é o remédio agridoce que eu adoro e a primeira coisa a me derrubar assim que me reergue.
É o espelho dos meus pensamentos, o único que sabe o que fazer pra que eu me enxergue.
É o anjo que me mantém com os pés no chão enquanto vôo e me mantém flutuando quando preciso de chão firme.
É a ‘coisa’ que me deixa mal, e depois me ensina algo bom, e depois me deixa feliz, e no instante seguinte com raiva, e no seguinte me levanta, e no seguinte me alegra, e logo depois me derruba e começa tudo de novo.
É a cripitonita que eu mantenho por perto.
É o Nerd que me inspira, o dicionário de frases marcantes que significam 5 trilhões de coisas.
É a força que eu não tenho, o ódio que eu sinto, o paradoxo que me completa de algum jeito.
É a pessoa pra quem eu mais devo.
É a virgula que concerta minha história, os 'cinco minutos' que me trazem 'vinte anos' de felicidade.
É o vilão que salva o dia, o herói que destrói tudo, o anjo que não voa, a droga que não fico sem, o cara que tem as melhores músicas, a minha vadia, o cara do piercing mais irritante, o cara que me deve uma viajem a Marte, o amigo que eu amo, o único que me convence que a vida é boa, o que pra mim vai ser sempre o Night.
O intocável, insubstituível, o amigo que me dá a mão e não mente pra mim. O alguém a quem eu devo um ‘Muito, muito obrigada’ que ainda acha que não merece ouvir.
Muito obrigada por entrar e permanecer na minha vida.
E desculpa as palavras sem jeito. Espero que você entenda.
Nem sei por que, só precisava escrever isso.
Obrigada, sempre.
Te amo

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